A abertura da 1ª Semana Acadêmica da Gestão do Agronegócio contou com a presença da Diretora de Ensino do Campus Júlio de Castilhos, representando a direção geral – Sílvia Montagner, do prefeito de Júlio de Castilhos – Bernardo Dallacorte, do Coordenador do curso de Gestão do Agronegócio – Rui de Castro Pillar, do presidente do Diretório Acadêmico – Alexandre Matias Telles e o palestrante da noite – Caio Viana. O objetivo da semana acadêmica é a aproximação dos/as alunos/as com a realidade do mercado de trabalho através de palestras e que agreguem conhecimentos relacionados às áreas de atuação do Tecnólogo em Agronegócio e complementem os conteúdos vistos em sala de aula.
Alexandre falou da importância das relações para a construção da semana acadêmica. “Sem amigos nada disso seria possível realizar” disse o presidente do D.A., que ainda agradeceu patrocinadores pelo apoio.
Na sequência foi a vez do prefeito falar, ele ressaltou que está muito feliz em estar a frente de um município, em que 80% do retorno dos impostos vem da agricultura. Discorreu ainda da importância da valorização dos agricultores. “Vocês são o futuro da região. “A gestão municipal e os produtores rurais ficam felizes de ver que tem gente empenhada em dar um futuro melhor pra região”, disse o prefeito.
A diretora de ensino, Sílvia parabenizou o diretório acadêmico da Gestão do Agronegócio pela iniciativa, pela programação e pelo trabalho, levando o nome do curso para a comunidade. “Serão três dias de atividades enriquecedoras, atendendo o interesse e a necessidade de vocês. É bom ver o espaço cheio de alunos/as comprometidos em estarem aqui na semana acadêmica”, falou a diretora, que ainda ressaltou que firmar parcerias com empresas é bom para a formação, abre portas para estágios, empregos e networking.
Por fim, o coordenador do curso, Rui agradeceu a presença de todos e parabenizou os/as estudantes do D.A. por terem organizado o evento. O professor enfatizou que nosso município vive do agronegócio, são 22 empresas do agronegócio, somente em Júlio de Castilhos, fora as de Tupanciretã e da região, onde temos estagiários, jovens aprendizes e egressos. Emprego tem, mas é necessário ter perfil, disse Rui, que destacou ainda que o curso foi criado em 2012, quando o curso de Gestão do Agronegócio era muito recente, o primeiro curso havia sido criado na Bahia em 2007, hoje está consolidado e prova é que uma semana antes não havia mais vagas para a semana acadêmica. O coordenador finalizou dizendo que “se produziu na terra é agro e se vendeu é negócio.”
Após a abertura aconteceu a palestra com o presidente da Cotrijuc e da Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL), Caio Viana. Ele começou sua fala destacando que a educação é o maior bem que a pessoa pode ter, que a escola deve formar cidadãos além de profissionais e que o IFFar vem fazendo um bom trabalho. O agrônomo mostrou dados do agronegócio no Brasil e compartilhou resultados de pesquisas na CCGL, tanto na parte tecnológica como no estudo dos solos. Falou dos resultados financeiros da CCGL, da importância da gestão nas propriedades rurais, como isso interfere na produção e nos resultados e destacou as parcerias com governos que buscam a cooperativa. “O que está mais deficiente nas propriedades é gestão, não é a parte técnica, essa está bem atendida. O produtor precisa saber quanto gasta, para saber quanto o produto custa e se está tendo lucro na venda” disse o agrônomo.
Caio enfatizou diversas vezes a importância das pessoas, que atualmente o “insumo mais carente para as empresas são pessoas, pessoas qualificadas e comprometidas”. Nesse sentido, ele destacou que os resultados da Cotrijuc vêm em razão das pessoas que pensam e compartilham o que sabem dentro da cooperativa. Contou que muito colaboradores da Cotrijuc começaram em atividades menos relevantes e hoje são coordenadores, gerentes e diretores. O presidente ressaltou que não devemos perder a oportunidade de aprender com outras pessoas, pois pessoas te enriquecem.
Outro tópico abordado foi sobre o solo. Caio destacou a importância da diversidade de culturas, pois o solo não aguenta um manejo apenas e o produtor também precisa de renda mais de uma vez ao ano. O agrônomo disse que as coisas são simples, mas gostamos de complicar: só existe uma forma de retirar CO2 do planeta, são necessárias “folhas verdes para fazer a fotossíntese”, não podemos deixar o solo descoberto. Agronegócio e sustentabilidade têm que andar juntos, não é necessário desmatar para produzir mais até porque para exportar, em breve, será preciso provar que somos carbono zero.
Na noite da quarta-feira aconteceu a palestra Gargalo do Agronegócio na Inovação Tecnológica: Onde o profissional do Agronegócio pode se inserir com Maicon Buzatti – Head de Inovação Cotrijuc e Filipe Soares – Analista de Negócios Safras e Cifras.
Hoje à noite tem o Debate: Panorama do Agronegócio Gaúcho e Brasileiro – Produção, comercialização, novas tecnologias, empregabilidade na área do Agronegócio e Sustentabilidade ESG com Elbio Cavaleiro – Sub- Gerente C.Vale, Felipe Michelon – Desenvolvedor de mercado BASF e Cristian Dias – Agribusiness Specialist Agro Raiz 360.
Fonte e fotos ASCOM IFFar Campus Júlio de Castilhos
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