Meliponicultores são aqueles que trabalham com a criação de Meliponíneos, como são chamadas as abelhas sem ferrão, que visam a produção de mel, própolis, pólen e resinas. As paisagens que contam com estes profissionais têm um aumento na resiliência social e ecológica, sobretudo quando têm mais cobertura florestal nativa ao redor porque podem facilitar a restauração na escala da paisagem.
A restauração ecológica das áreas degradadas na região central do Rio Grande do Sul e campos inundáveis da Baixada Maranhense no extremo leste do Bioma Amazônia é urgente. O desafio é que os passivos das propriedades rurais sejam regularizados e os serviços ecossistêmicos essenciais, tais como a regulação hidrológica, climática e a polinização, sejam garantidos de forma total.
A qualidade dos méis produzidos é um importante indicador do serviço ecossistêmico da polinização. O objetivo deste programa de ações de extensão é potencializar o valor da meliponicultura na região central do Rio Grande do Sul e na Baixada Maranhense pelas famílias do campo. Para isso serão georreferenciados 50 meliponários nos dois Estados e estudos sobre as paisagens ao redor, adquiridas amostras de méis, realizadas a caracterização físico-química e da origem floral.
Ao final, os resultados serão compartilhados com os meliponicultores, com a ideia de que seja produzido um livro para expor as dimensões dos serviços ecossistêmicos e as qualidades daqueles méis. Espera-se aumentar a visibilidade da meliponicultura na restauração ecológica e a resiliência socioambiental na escala das paisagens, sobretudo o papel daquelas famílias na resistência às mudanças climáticas e à degradação.Contato para mais informações: Mari Silvia Rodrigues De Oliveira, coordenadora e professora do Departamento de Tecnologia e Ciência dos Alimentos, do Centro de Ciências Rurais – [email protected]
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Fonte Assessoria de Imprensa
Universidade Federal de Santa Maria
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