Cinco dicas para não cair em golpes telefônicos, segundo a Associação Brasileira de Telesserviços


(Foto: pixabay) 

De acordo com um levantamento realizado pela Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP), golpes eletrônicos tiveram um aumento de 45% em 2024, em relação ao ano anterior, somando cerca de 5 milhões de fraudes praticadas. Diante deste cenário, o esforço em consolidar as boas práticas no relacionamento com o consumidor, ajudando a distinguir ações legítimas de fraudes, tem sido recorrente por parte da Associação Brasileira de Telesserviços (ABT).  

“Há anos, a ABT tem construído soluções com a Anatel para combater as práticas de spoofing – técnica usada por criminosos para falsificar o número de telefone de uma ligação -, sendo uma das entidades que mais têm contribuído para o desenvolvimento do programa Origem Verificada, sistema de autenticação e verificação de chamadas. Mas enquanto ele ainda não está em pleno funcionamento, há direcionamentos simples que podemos fornecer ao consumidor, visando a sua proteção. Ao fazer isso, também estamos protegendo a reputação de empresas sérias que nada têm a ver com tais práticas criminosas”, destaca Gustavo Faria, diretor executivo da ABT.  

Pensado em garantir um atendimento seguro e transparente, a Associação lista, abaixo, cinco dicas para ajudar o consumidor a evitar golpes. 

1. Nunca forneça informações pessoais ou dados bancários por telefone 

Se um operador solicitar dados como senhas de banco, números de cartão de crédito ou informações sensíveis, desligue imediatamente. Tais solicitações são indícios claros de golpes. Empresas sérias nunca pedem esses dados por ligação ou mensagem. 

2. Use canais oficiais para resolver pendências 

Ao receber uma mensagem de uma empresa, sempre verifique o número de telefone, e-mail ou canal de atendimento. Números com o prefixo 0303 são utilizados, obrigatoriamente, para identificar chamadas de telemarketing ativo. O sistema Origem Verificada, já em implementação no país por algumas operadoras, também possibilita a identificação das chamadas, mostrando na tela do celular o nome da empresa que está fazendo a ligação, junto com um selo de autenticação. Empresas legítimas ainda disponibilizam outros meios de contato em seus sites ou aplicativos que devem ser conferidos pelo consumidor. Se não reconhecer o canal, desconfie e procure as informações diretamente nos demais canais fornecidos pela empresa, tais como sites ou aplicativos. 

3. Desconfie de promoções “imperdíveis”  

Golpistas muitas vezes tentam criar a ilusão de uma oferta exclusiva ou de um benefício único para pressionar o consumidor. Se receber uma oferta que pareça personalizada demais, sem que você tenha demonstrado interesse anteriormente, tome cuidado. Muitas dessas ofertas são falsas e têm como objetivo coletar informações pessoais ou vender produtos inexistentes. 

4. Fique atento à forma de comunicação e erros de linguagem 

Golpistas, geralmente, não se atentam à qualidade da comunicação. Se você receber uma mensagem ou ligação que contenha erros grosseiros de ortografia, gramática ou uma abordagem estranha (como um tom excessivamente formal ou informal), isso pode ser um sinal de alerta. Empresas legítimas têm um padrão de comunicação profissional e cuidado com os detalhes. Se a mensagem parecer pouco clara, com erros evidentes ou frases estranhas, desconfie! Além disso, evite clicar em links ou responder a mensagens suspeitas, pois podem ser uma tentativa de roubo de informações. 

 5. Esteja atento a sinais de pressão ou urgência 

Golpistas frequentemente utilizam táticas de pressão para convencer o consumidor a agir rapidamente, como ameaças de suspensão de serviços ou urgência em resolver questões financeiras. Sempre que alguém tentar apressar as coisas ou criar um senso de emergência, desconfie. Empresas sérias não forçam decisões rápidas ou oferecem condições duvidosas. 

O diretor executivo da ABT lembra ainda que a Associação é cocriadora do selo Probare, que atesta o comprometimento das empresas com as melhores práticas de atendimento, em mais um esforço em direção à segurança do consumidor. “O selo de ética é concedido às centrais de relacionamento que atendem aos critérios estabelecidos, garantindo que os consumidores recebam um atendimento mais transparente e seguro. Acreditamos que o selo, assim como o sistema Origem Verificada, são algumas das iniciativas que podem nos ajudar a mitigar a escalada dos desse tipo de golpes”, finaliza.  

Sobre a Associação Brasileira de Telesserviços (ABT): 

Representante de um dos setores que mais empregam no Brasil, com cerca de 1,4 milhão de trabalhadores, a Associação Brasileira de Telesserviços (ABT), fundada em 1987, é pioneira em um mercado que impulsiona o crescimento do país. O segmento é um dos que mais contratam jovens, mulheres e negros, fomentando a diversidade em frentes distintas. Além de oferecer oportunidades de primeiro emprego, o setor apoia o crescimento profissional, por meio de convênios das organizações contratantes com instituições de Ensino Superior. A ABT reúne 19 empresas em 18 estados de todas as regiões do território nacional. Uma atividade que, com cada vez mais inovação e tecnologia, torna-se estratégica para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil. 

Fonte: Ryto Public Affairs

Leilane Ferreira

, assessora da Associação Brasileira de Telesserviços (ABT).