Chuvas atrasam colheita da soja e elevam a ocorrência de grãos ardidos


A alta umidade no período de colheita da soja tem dificultado o andamento das atividades no campo e comprometido a qualidade dos grãos. Segundo análise do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), as exportações brasileiras de soja registraram uma queda expressiva em janeiro de 2025, totalizando 1,07 milhão de toneladas – redução de 62,43% em relação ao mesmo período de 2024. O atraso na colheita e a dificuldade de acesso às lavouras devido às chuvas são fatores determinantes para esse cenário.
   Além dos impactos logísticos e comerciais, a chuva excessiva pode afetar diretamente a qualidade dos grãos colhidos. A umidade favorece a deterioração das sementes e aumenta o percentual de grãos ardidos, elevando a incidência de patógenos e reduzindo o valor da produção no mercado. Gustavo Zimmer, consultor de desenvolvimento de produtos da TMG – Tropical Melhoramento & Genética, empresa brasileira de soluções genéticas para algodão, soja e milho, que trabalha para entregar inovação ao campo, destaca a importância de um planejamento eficiente para driblar estes impactos. “A escolha de cultivares com maior tolerância à chuva na colheita, uso de diferentes ciclos da germinação até a colheita, que permite o escalonamento da colheita, e o adequado manejo fitossanitário são medidas que ajudam a minimizar os danos”, recomenda.

Estratégias que contribuem para reduzir os impactos

  A aplicação correta de fungicidas, com escolha adequada do produto e no momento certo, protege as plantas contra infecções e mantém a sanidade da lavoura. Já a análise do solo e o equilíbrio nutricional também são pontos de atenção, segundo Zimmer, que explica que “Lavouras bem manejadas, com nutrição balanceada, resultam em plantas mais vigorosas, sadias e com melhor enchimento de grãos, melhorando sua tolerância às adversidades climáticas. Dessa maneira, o manejo adequado fortalece a estrutura dos grãos e vagens e reduz a absorção excessiva de umidade pelos grãos”.
   A utilização de cultivares com diferentes grupos de maturação, também é uma excelente estratégia para mitigar as perdas causadas pelos grãos ardidos, permitindo otimizar a utilização da capacidade operacional de cada fazenda, permitindo o escalonamento das operações e minimizando o tempo entre a maturidade fisiológica dos grãos e a colheita.
   A tolerância genética à deterioração em campo é um critério importante na escolha das cultivares, especialmente em regiões tropicais onde a ocorrência de chuvas na colheita é frequente. “Existem alguns fatores que afetam essa tolerância, como a espessura dos tecidos que formam a vagem. Quanto mais espessas, maior a proteção do grão contra a absorção e perda excessiva de umidade”, afirma o especialista.

  Variedades com maior teor de lignina, uma característica que também é influenciada pela disponibilidade de nutrientes como o cobre e o boro, e maior espessura do tegumento da semente, de acordo com Zimmer, apresentam melhor armazenamento em campo, fazendo com que os grãos resistam melhor à deterioração enquanto aguardam a colheita. “Com a combinação de cultivares com uma genética tolerante somada a estratégias de manejo, os produtores podem reduzir os impactos da umidade excessiva na colheita e garantir maior qualidade aos grãos e rentabilidade na produção da soja”, completa.

Sobre a TMG 

A TMG — Tropical Melhoramento e Genética é uma empresa brasileira multiplataforma que conta com um banco de germoplasma premium e atua há mais de 20 anos para oferecer aos produtores rurais soluções genéticas para algodão, soja e milho. Em seu portfólio, estão cultivares e híbridos desenvolvidos com todas as biotecnologias disponíveis no mercado, visando entregar inovação ao campo e contribuir para atender a demanda mundial de grãos e fibras de forma sustentável. A matriz da TMG está localizada em Cambé (PR) e a companhia conta também com uma unidade em Rondonópolis (MT), além de 14 bases de pesquisa e desenvolvimento espalhadas por seis estados, nas principais regiões produtoras brasileiras, com ensaios e experimentos de campo (RS: Passo Fundo e Palmeiras das Missões – PR: Cambé, Marilândia, Campo Mourão – MS: Dourados – MT: Sapezal, Roo-BVP, Sorriso, Campo Verde, Primavera do Leste – GO: Rio Verde, Chapadão do Céu – BA: Luís Eduardo Magalhães). A empresa possui também parceria comercial e cooperação técnica com grandes players do mercado nacional e internacional. Para saber mais, acesse o site.

 

Fonte e foto por: CDI Comunicação

Gabriela Salaza