Júlio de Castilhos incentiva cultivo de novas forrageiras


O Programa de Sementes e Mudas Forrageiras RS começou a ser operacionalizado em Júlio de Castilhos no último dia três de janeiro. Fruto de uma parceria entre o Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), Emater/RS-Ascar e a prefeitura local, o programa será implantado para fomentar a aquisição de sementes e mudas de espécies forrageiras, anuais e perenes, de inverno e verão.
 Essas forragens são destinadas à formação de pastagens, produção de silagem, feno ou pré-secado, essenciais para a alimentação de rebanhos de leite e corte em unidades de produção da agricultura familiar gaúcha. Nesta edição, o Programa está oferecendo benefícios ampliados, como subsídios de até R$ 2 mil por CPF e bônus adimplência de 50%.
 Na ocasião foram apresentados o posicionamento técnico das novas forrageiras e os relatos das experiências com as cultivares utilizadas no último inverno. “Temos uma grande oportunidade de melhorar a produção de forragem com novas opções de forrageiras, além das tradicionais aveia e azevém”, destacou o engenheiro agrônomo Leandro Ebert, extensionista da Emater/RS-Ascar em Júlio de Castilhos. Ele conta que, durante o último inverno, foram instaladas duas unidades com cultivo de novas opções forrageiras e os resultados são significativos. “O objetivo agora é ampliar o acesso a essas tecnologias para que mais produtores possam usufruir desses resultados”, ressalta.
 Os produtores Gilson Mazarro e Rodson Persio relataram suas experiências bem-sucedidas com as novas cultivares. Gilson destacou o consórcio formado por Cevada BRS Korbel, Trevo Vermelho e Chicória Forrageira sobressemeado em Tífton 85, que produziu 90% mais massa instantânea sob pastejo do que um azevém tetraploide. O triticale BRS Zênite foi outra forrageira avaliada na propriedade, mas para silagem. Além de maior sanidade, o rendimento foi de 31 toneladas de massa verde por hectares, superior às 26 toneladas obtidas com a aveia branca, tradicionalmente utilizada na região.
Já Rodson ressaltou o desempenho do trigo BRS Tarumaxi no último inverno. “Comprei porque a aveia estava com o preço muito alto”, explicando que não conhecia o material, mas que os resultados surpreenderam, mesmo com o clima desafiador. “O trigo produziu mais e as vacas respondiam mais em produção do que na aveia”, destaca.
 O posicionamento técnico efetuado para o Programa indica, dentre outras alternativas, o trigo de pastejo BRS Tarumaxi para implantação no cedo, a partir de março; um consórcio de sobressemeadura em pastagens perenes de verão a ser formado pela cevada BRS Korbel, trevos e chicória; e ainda o triticale BRS Zênite, para silagem de inverno. “Além de proporcionarmos acesso a essas novas tecnologias, que comprovadamente melhoram a produção de forragem, também podemos usufruir desses benefícios oferecidos pelo Programa de Forrageiras do Estado”, conclui Ebert. Os produtores têm até a sexta-feira dia 17 de janeiro para fazer os pedidos no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Júlio de Castilhos.

Fonte e foto Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar
Jornalista Maria Suely Carvalho