Na última quinta-feira (15), foi inaugurado o novo prédio do Biotério Central da UFSM. O espaço é destinado à produção de animais, atualmente roedores (ratos e camundongos), que serão utilizados para pesquisas.
O novo prédio possui uma estrutura para que não haja contato externo com os animais, evitando que isso influencie nos resultados das pesquisas. “Nós somos um dos poucos biotérios do Brasil que é NB2, que tem um nível de biossegurança 2. O padrão que nós temos é referência internacional”, afirmou Ligia Gomes Miyazato, médica veterinária responsável pelo biotério.
A pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa, Cristina Wayne Nogueira, também ressaltou a qualidade do novo espaço, que foi criado para “atender as exigências de biossegurança, segurança ocupacional e ambiental, assegurar condições sanitárias e de conforto tanto para os animais quanto para as pessoas que aqui trabalham”.
Benefícios da nova estrutura
Com o padrão de produção do novo biotério, é possível adotar tecnologias mais refinadas, implementar com mais eficiência os programas de bem-estar animal e cumprir os princípios de redução, refinamento e substituição, que norteiam a pesquisa ética com os animais, segundo Cristina.
O novo prédio possui um piso técnico, que é a parte de cima, em que são realizadas as manutenções, sem a necessidade de entrar no recinto. Ductos fazem as ligações para as trocas de ar necessárias dentro das salas.
“Isso é necessário para que não haja contaminação dos animais que estão sendo produzidos dentro do biotério e também caso se esteja trabalhando com algum agente patogênico, com testes ou ensaios biológicos com animais com agentes patogênicos, que esses agentes não saiam para contaminar o meio ambiente. Isso garante o nível de segurança NB2”, explicou a pró-reitora adjunta de Pós-Graduação e Pesquisa, Tatiana Emanuelli.
Produção dos animais
Os animais utilizados no biotério são importados para começar a produção de novos animais. Dentro de alguns meses, o novo espaço vai importar alguns roedores para começar a produção e entregá-los aos pesquisadores da Universidade.
O processo para entregar os animais precisa passar pelas etapas de produção. Primeiro, é realizada a importação de cerca de 20 a 25 casais de roedores. No biotério, eles passam pelas etapas de acasalamento, amamentação, desmame, crescimento, novos filhotes, e assim, segue a produção para a entrega aos pesquisadores, conforme explicou Fernanda Soldatelli Valente, médica veterinária responsável técnica pelo biotério.
Os projetos que necessitam solicitar animais para pesquisas podem acessar as informações no site da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa.
Fonte Texto: Milena Gubiani, estudante de Jornalismo e voluntária da Agência de Notícias
Fotos: Sofhia Krening, estudante de Produção Editorial e bolsista da Agência de Notícias
Comentários