A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (19/02), a Operação Fafnir, com o objetivo de investigar e reprimir um esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de capitais que prejudicou a Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (FATEC), entidade vinculada à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
A operação cumpre quatro mandados de busca e apreensão e implementa o bloqueio de bens móveis e imóveis dos investigados. Dentre as medidas cautelares deferidas pela Justiça Federal, estão buscas e apreensões nos endereços dos investigados, quebras de sigilo bancário, fiscal e telemático, além do sequestro de seis automóveis e três imóveis. O objetivo do bloqueio de bens é garantir o ressarcimento aos cofres públicos ao final do processo.
As investigações tiveram início a partir de denúncia encaminhada pela própria FATEC, que após identificar indícios de manipulação contábil e transferências irregulares de recursos, colaborou com a Polícia Federal na apuração dos fatos. O esquema criminoso consistia na apropriação indevida de verbas públicas, pagamento de despesas pessoais com dinheiro da fundação e utilização de empresas e contas bancárias de terceiros para ocultação do patrimônio adquirido ilicitamente. O prejuízo apurado, entre 2019 e agosto de 2023, foi calculado em R$ 4.734.217,03 (quatro milhões, setecentos e trinta e quatro mil, duzentos e dezessete reais e três centavos).
Os investigados poderão responder pelos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de capitais, cujas penas somadas podem ultrapassar 20 anos de reclusão.
A Operação Fafnir foi nomeada em referência ao personagem da mitologia nórdica, que, de forma ambiciosa, acumulou riqueza de maneira egoísta e destrutiva, assim como a ganância foi a motivação dos crimes ocorridos contra a FATEC, com apropriação de recursos públicos que deveriam beneficiar avanços educacionais e tecnológicos.
Fonte e fotos por: Comunicação Social da Delegacia de Polícia Federal em Santa Maria
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