Rio Grande do Sul se destaca no Grito da Terra Brasil, diz Fetag


Não há dificuldades que não possam ser vencidas pelos gaúchos e pelas gaúchas. Diante do cenário caótico em que o Estado está vivendo atualmente, mais de 300 pessoas representaram o Rio Grande do Sul no Grito da Terra Brasil, mobilização organizada pela Contag, que tomou as ruas de Brasília nesta terça-feira (21). A diretoria executiva da Fetag-RS esteve representada pelo Vice-presidente, Eugênio Zanetti, a 1ª Secretária, Camila Rode, o Tesoureiro-Geral, Agnaldo Barcelos e a Coordenadora Estadual de Mulheres, Lerida Pavanelo.

No segundo dia da mobilização, cerca de 10.000 (dez mil) pessoas marcharam do Parque da Cidade até a Esplanada dos Ministérios, onde ocorreram atos nos Ministérios do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome; Meio Ambiente; Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e no Ministério da Agricultura.

As pautas principais do Grito da Terra Brasil foram a demanda por mais recursos para a agricultura familiar e para o Proagro, uma política pública essencial para a categoria. No entanto, como não poderia ser diferente, as enchentes que ainda afetam o Estado também foram motivo de cobrança por ações firmes e rápidas por parte do governo federal.

Conforme o vice-presidente da Fetag-RS, Eugênio Zanetti, que participou da mobilização, “o Rio Grande do Sul esteve muito bem representado. Iríamos levar um público maior, mas as enchentes limitaram a ida de mais pessoas para Brasília. Mesmo assim, foi muito importante o retorno do Grito da Terra, pois conseguimos lutar pelos direitos da agricultura familiar e por socorro imediato ao nosso Estado neste momento, principalmente para ajudar as pessoas que tiveram suas propriedades destruídas”.

Ao final do ato, o governo federal anunciou a regulamentação do crédito emergencial para pagamento em 12 anos e 2anos de carência, com 30% de rebate limitado a R$ 25.000,00 para agricultores em municípios com decreto de calamidade e R$ 20.000,00 para agricultores em município com decreto de emergência.

Para o presidente da Fetag-RS Carlos Joel da Silva, “o anúncio é insuficiente e frustrante, pois esperávamos um retorno mais positivo da pauta que foi entregue ao governo. Os R$ 600 milhões anunciados é importante, porém muito pouco para atender as necessidades da agricultura familiar que precisa ser reconstruída. Este valor anunciado é pouco para tamanha tragédia e necessidades que os agricultores estão passando”. Joel também afirma a Fetag-RS e Contag continuarão negociando para que mais pontos da pauta sejam anunciados até o Plano Safra, “caso contrário, não descartamos novas mobilizações” finaliza o dirigente.

 

Fonte e foto Fetag/RS